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sábado, 30 de outubro de 2010

Realejo

"Será que a sorte virá num realejo?
Trazendo o pão da manhã
A faca e o queijo
Ou talvez... um beijo teu
Que me empreste a alegria... que me faça juntar
Todo resto do dia... meu café, meu jantar
Meu mundo inteiro...
que é tão fácil de enxergar... E chegar[...]"


                                                                  [O Teatro Mágico]

Pensamentos momentâneos...

“A vida é um poema inacabado que eu quero ver escrito...”
                                                                Amaral

Internacionalizando...[2]

 NO LE PIDAS A MIS LABIOS
 UNA EXPLICACIÓN!
 MIL PALABRAS TE PODRÍA DECIR
 PARA TRATAR DE HACERTE SENTIR
 LA DULZURA DEL AMOR!
 PERO ELLAS PODRÍAN SALIR VOLANDO!
 HIJAS DEL VIENTO SON!
POR ESO
LO MEJOR
 ES CONFIAR EN LAS MIRADAS
ELLAS SON HIJAS DEL CORAZÓN!
 Y CUANDO SON SINCERAS
 SIEMPRE!
 HACEN NACER
 UN GRAN AMOR!

                                                                        {JORGE MARIO}

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

"Se meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo."
                                             [Kurt Cobain]

Amém

Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário
Letras, lados, lestes
O relógio de pulso pula de uma mão para outra e na verdade... 
 nada muda
A criança que me pediu dez centavos é um homem de idade 
no meu retrovisor
A menina debruçando favores toda suja
É mãe de filhos que não conhece
Vendeu-os por açúcar
Prendas de quermesse
A placa do carro da frente se inverte quando passo por ele
E nesse tráfego acelero o que posso
Acho que não ultrapasso e quando o faço nem noto
O farol fecha...
Outras flores e carros surgem em meu retrovisor
Retrovisor é passado
É de vez em quando... do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde... próximo... seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu
Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu
O que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi... calçadas e avenidas
Deixa explícito que se vou pra frente
Coisas ficam para trás
A gente só nunca sabe... que coisas são essas!!

                                     [ O teatro Mágico]

domingo, 24 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“De todo escrito só me agrada aquilo que uma pessoa escreveu com seu sangue. Escreve com sangue e verás que sangue é espírito.”
Nietzsche

Tristemente conformado...

Esses dias me afogam pensamentos;
Pois hoje me conformo com o que posso ter;
Ontem era feliz com o que nem tinha;
Mas amanhã sem o seu coração vou me perder;
Porque sei que sem seu amor eu só sei chorar e tremer.

Não choro, pois sei que nada mudará;
Então rio mascarando o sentimento;
Por fora o sofrimento faz parte de mim;
E por dentro caio em lágrimas de lamento.

Não consigo decifrar sua mente;
Penso em mil coisas diferentes;
Não posso expressar o que sinto;
Por que não sei o que quer realmente.

Só quero que saiba do amor;
Que hoje estou sentindo;
      

                                         [Por Fabrício Peçanha]

sábado, 23 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“O poder é toda chance, seja ela qual for, de impor a própria vontade numa relação social mesmo contra a relutância dos outros.”
                                                              Max Weber

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sonho de uma flauta

Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz

Avião parece passarinho

Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa

Borboleta parece flor

Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá

A gente parece formiga

Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração

A nuvem parece fumaça

Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes é doce não

Sonho parece verdade

Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah e o mundo é perfeito
Hum e o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito

Eu não pareço meu pai

Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
  Sei que incerteza traz inspiração

Tem beijo que parece mordida

Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
  Briga que aparece pra trazer sorriso

Tem sorriso que parece choro

Tem choro que é pura alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia

Tem motivo pra viver de novo

Tem o novo que quer ter motivo
Tem a sede que morre no seio
Nota que fermata quando desafino

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas

É querer saber demais
Querer saber demais

Sonho parece verdade

Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Mas o sonho
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah e o mundo é perfeito
Mas o mundo é perfeito
O mundo é perfeito...

                       [O Teatro Mágico]

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Internacionalizando...

MUJER...

CUANDO SIENTAS QUE SU MIRADA
HUMEDECE TODO TU CUERPO
SUS CARICIAS HACEN HERVIR
TU SANGRE
AL BESARLO
 A TUS SENOS
 LES FALTA EL AIRE
 SI NO ESTA
 EN TU VIDA
HAY UN VACIO
IMPOSIBLE DE LLENAR
 Y PUEDES
ADEMAS
 COMPARTIR
CON EL
 LAS COSAS DE
TODOS LOS DIAS
MUJER!
NO LO DEJES ESCAPAR!
 ES EL AMOR QUE LLEGO
LLEGO A TU VIDA!

                              Jorge Mario
 
                                                           (Argentina)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“Pra fazer diferença, não basta ser diferente. De que modo muda a história? Com discurso ou com      ação?”
                                                                   Fruto sagrado

domingo, 17 de outubro de 2010

Uma pequena mensagem...

De que amar é um verbo intransitivo, todos já sabem. O que quase ninguém entende é que amar é o que basta para viver. Num mundo cercado de ódio e rancor, um simples olhar pode ser o suficiente para modificá-lo desde que seja com amor e afeto.

Depois de um tempo a gente aprende que não precisa de mais nada, 
só o amor já supre todas nossas necessidades.
 Não precisamos de religião, de regras, porque se tivermos amor já saberemos o que é certo em fazer.





                                                                                   [Com carinho, Sara Pautz]

Pensamentos momentâneos...

“À beira da mediocridade está aquele que não vê, com clareza, suas metas e objetivos.”
                                                                                                             Sara Pautz

Sinopse do livro: “Sermões Escolhidos”

Padre Antônio Vieira. Sem dúvida a maior expressão da literatura barroca portuguesa, todavia com muitas influências em nosso país durante os anos de 1580 a 1756. Homem de fibra e caráter forte. Não lutava somente para que a religiosidade se propagasse com também por causas políticas às quais julgava como sendo corretas. A prova disso se dá ao fato de que no livro “Sermões Escolhidos”, um de seus sermões, de título “Sermão da Primeira Dominga da Quaresma”, o pregou a fim de que seu público, no caso os colonos, aderissem sua causa. Causa esta que se deu através de um acordo com o Capitão Mór. Para obter seu objetivo, se utilizou, inclusive, palavras fortes, causando medo em muitos, já que, naquela época, a simples ameaça do fogo do inferno resultava sempre de uma forma impactante.  Vê-se isto em: “[...] Deus me manda desenganar-vos, e eu vos desengano da parte de Deus. Todos estais em pecado mortal: todos viveis e morreis em estado de condenação, e todos vós ides direitos ao inferno. Já lá estão muitos, e vós também estareis cedo com eles se não mudardes de vida[...]”.
Sendo o livro “Sermões Escolhidos” proveniente da literatura barroca, pretende abandonar as ideias humanistas do renascimento e trazer para si os ideais religiosos da Era Medieval. O Barroco registra uma crise espiritual na cultura ocidental. O homem barroco está dividido entre a carne e o espírito, entre vícios e valores. Vícios estes que Vieira ressalta em: ”[...] A vaidade, entre os vícios, é o pescador mais astuto e que mais facilmente engana os homens [...]”, e completa: “[...] Vanitas vanitatum, et omnia vanitas (vaidade de vaidades, tudo é vaidade) [...]”. Sua crítica aos prazeres mundanos continua quando diz: “[...] Os corações embaraçados com cuidados, com delícias, neste afoga-se a palavra de Deus. Nos corações duros e obstinados, seca-se a palavra de Deus, e se nasce não cria raízes. Os corações inquietos perturbados com a passagem e tropel das cousas do mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que atravessam, e todas passam, é pisada a palavra de Deus, porque a desentendem ou a desprezam [...]”. Sendo que nesta última frase percebe-se o pensamento de Viera de que a vida é rápida e passageira.
Interrogado, criticado e julgado por muitos. Este foi o caso de Pe. Antônio Vieira. Todavia, apesar disso, Viera jamais deixará de ser o maior marco da história barroca. Grande pensador e filósofo, suas ideias ainda são seguidas, seja por padres ou também por admiradores da literatura barroca. Seus sermões jamais serão esquecidos, já que possuem tantos valores importantes não somente para aquela época como também para a sociedade atual. Homem de religiosidade medieval e ousadia pósrrenascentista, Pe. Antônio Vieira foi o maior orador sacro de seu tempo e seus escritos impactantes sempre estarão na mente de seus leitores.    

sábado, 16 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“Época mais difícil é a nossa onde é mais fácil quebrar um átomo que um preconceito.”
                                                 Albert Einstein

Sinopse do conto: “Fernando e Fernanda”


Com ar de revolucionário nasce em 1839, no Rio de Janeiro, Joaquim Maria de Assis. Mulato e de origem humilde, veio a tornar-se o maior escritor do realismo e Naturalismo brasileiro transformando-se em referência nacional quando aclamado à presidência da ABL(Academia Brasileira de Letras). Sendo um autor realista, taxava seus escritos às verdadeiras faces humanas, desestruturando a velha muralha moralista a qual todos estavam habituados.
Longe do moralismo e romantismo das escolas anteriores, Machado de Assis demonstra em seu conto “Fernando e Fernanda” que a muralha ideológica  construída por séculos, acaba de ruir, pois o amor de infância de grande potencial futuro é desmoronado pela ação do tempo. Cresceram juntos, Fernando e Fernanda, o adotado e a filha legítima de Madalena. E como irmãos foram criados, até que a força de um amor inocente e impalpável uniu-os de forma arrebatadora e quase irreversível, não fosse o poder de seu maior inimigo: o tempo. Fizeram juras de amor. A fidelidade seria para todo o sempre. Fernando foi para a Europa com fins de formar-se em medicina para garantir uma vida tranquila a seu grande amor. Fernanda chorou rios de lágrimas, mas com o passar do tempo foi esquecendo e passou a alegrar-se indo à reuniões e bailes com sua mãe. Vendo que suas amigas passavam-na para trás  por terem namorados, Fernanda sentiu-se só e resolveu que o faria. E o fez. Tempos depois, Fernando chega de viagem, todavia algo o desespera: Fernanda havia se casado. Passam-se  semanas e meses e os dois reencontram-se. Fernanda se desmorona e pede que fiquem juntos novamente. É tarde demais, pois há outra nos pensamentos de Fernando. E mais uma vez o tempo os desune, pois o amor infantil e cândido esvaiu-se para seus devidos lugares: no coração de seus cônjuges.
Vê-se claramente nos escritos de Assis o forte caráter romântico, todavia entrelaçado com o realismo. O amor utópico não é cogitado em seus escritos, assim como conceitos perpassados pelo senso comum. Numa linguagem universal, Machado de Assis se faz entender até os dias atuais e sua retórica é de extrema clareza e objetividade.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“Levar a vida baseada em suposições não é viver.”
                          Sara Pautz

Sinopse do livro: “Primeiro Caderno do Aluno de Poesia”

Polêmico, nacionalista e essencialmente inovador. Esse é o carater de José Oswald Souza Andrade. Longe da utopia, é verdadeiramente crítico no que diz respeito à realidade brasileira. Nascido em 11de janeiro de1980, formou-se em direito, bacharelando-se em 1919. Foi fazendeiro de café, todavia perdeu tudo devido à quebra da bolsa de valores de Nova Iorque em  1929. Principal idealizador do movimento modernista, irônico e gozador, influenciou não somente na produção literária dessa época, como também nas ideias sociopolíticas tão atribuladas desse momento. O momento histórico influencia de forma decisiva em seus escritos, já que, acontecimentos como a Revolta dos Militares do Forte de Copacabana e a Revolta Tenentista demonstram forte caráter revolucionário e crítico aos aspectos políticossociais do Brasil. 
Com aparência infantil e inofensiva, o “Primeiro Caderno do Aluno de Poesia”, tem como objetivo principal criticar a realidade brasileira e demonstrar, de forma escrita, o modo de falar do povo brasileiro, como bem diz  Oswald em seu “Manifesto Pau Brasil”: “[...]A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neologica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos[...]”.
Assim como toda escola literária pretende desvensilhar-se das escolas anteriores, o modernismo não só o faz como também vai mais além. Essa primeira fase do modernismo ao qual Oswald faz parte, tem a necessidade de definições e do rompimento de todas as estruturas do passado. Daí a ideia destruidora e fatal de métricas exatamente calculadas e escritas obsoletas. 

domingo, 10 de outubro de 2010

“Sinto palpitar em meu peito
Palavras que insistem em jorrar
Jorram perto do meu leito
Porque morro de amar.”

                                      [Sara Pautz]

sábado, 9 de outubro de 2010

...

Para aprofundar um pouco mais o teu pensamento, caro leitor, deixarei a ti uma das minhas sinopses tendo em vista a crítica de certas obras literárias.

Ensaio de “O Primo Basílio”
O Realismo instala-se na sociedade do século XIX. E é através de Eça de Queirós que o mesmo se concretiza. “O Primo Basílio” é um bom exemplo disso, onde Eça questiona (indiretamente aos românticos) se o casamento é verdadeiro e eterno. “O Primo Basílio” é, no mínimo, uma história de amor e perdição bem impressionante.
Em “O Primo Basílio”, a infidelidade é o ponto central, o objetivo. Objetivo este que Eça deseja mostrar e discutir à sociedade da época. Eça pergunta ao povo, através de seu livro, se o matrimônio é inteiramente verossímil. Há um ponto de interrogação em “O Primo Basílio”, já que Luísa, esposa sempre fiel, vê-se envolvida numa trama libertinosa na qual seu primo é o ator principal e ela a “mocinha enganada” pelo mesmo. Luísa sempre desejou uma vida aventureira. Desejava viajar pelo mundo afora, ser feliz, todavia, quando, iludida, acredita que está prestes a concretizar seu sonho, o chão desaba a seus pés, é flagrada pela pessoa que mais odeia: sua empregada Juliana, a ”isca seca”, como era chamada na rua. Luísa e Basílio trocaram algumas cartas, porém, nessa troca, Juliana as encontra e ameaça entregá-las a Jorge, o esposo traído. Luísa põe-se louca, fica desesperada; Juliana deseja dinheiro; Basílio foge para a França com a desculpa de ir à trabalho. Luísa não possuía grande riqueza para dá-la à Juliana, porém, começa a agradá-la dando-lhe vestidos, lençóis de linho, troca-lhe de quarto e, aproveitando-se da boa vontade da Senhora, começa a não fazer os serviços domésticos, deixando que Luísa mesma os faça pra poder ir ao teatro, bailes e etc.. A vida de Luisa se transforma em um verdadeiro inferno até que não a suporta mais e vai pedir ajuda a Leopoldina, sua amiga, a qual a aconselha que peça dinheiro emprestado a Castro, um rico empresário que a “estimava” muito. Luísa desiste e recorre a Sebastião, amigo sempre leal de Jorge e conta-lhe toda a verdade. Sebastião tem um plano. Todavia, durante o plano Juliana morre de aneurisma. Luísa pega as provas que Juliana possuía e as queima. Luísa fica muito adoentada. Dias depois, chega-lhe um carteiro e entrega uma carta de Basílio endereçada à Luisa. Jorge hesita, mas, ao ler descobre que foi traído. Quando Luisa melhora, Jorge lhe pergunta sobre a carta. Ela desmaia, fica muito doente e falece. Jorge vai para a casa de Sebastião e Basílio fica sozinho.
Eça de Queirós, um autor polêmico e que certamente reflete em seu livro uma crítica a seu tempo: a influência francesa sobre Portugal e principalmente Lisboa, palavras como “toillet”, “coupé”, “Voltaire” são muito usados em “O Primo Basílio”. Uma das grandes características deste renomado autor é o fato de ser um “antirromântico”. Um bom exemplo disso é a crítica que faz a seu personagem Luísa dizendo que uma das causas da pobreza moral da mesma se deve ao fato de ler tantos romances. “O Primo Basílio”, uma história de amor de traição, uma polêmica para aquela época e também para os dias atuais. Eça de Queirós, um autor destemido e sem máscaras que, sem meias palavras, revela uma realidade ao mundo.
                  







Pensamentos momentâneos...

“Não é triste mudar de ideia, triste é não ter ideia pra mudar.”
                             Barão de Itararé

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“Vanitas vanitatum, et omnia vanitas (Vaidade de vaidades, tudo é vaidade).”
                                        Salomão

Creio

Creio tê-lo visto
Em meus sonhos mais remotos
Ou mesmo em fotografias passadas
As quais descartei após julgar
Joguei-as longe de mim
Longe de meu ser, de minha memória
E restam-me versos e versos
Todavia deixo a ti, caro leitor
O modo como irá terminá-los
.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nada



Todo amor doado
Com sacrifício e ardor
Toda lágrima derramada
Afim de trazer alento e fervor
Toda educação convertida
Em anos e anos de bondade
De nada prestaram
Em nada se transformaram

Cada gesto de ternura
Privações de algo teu
Em favor de outrem
Tudo e todos não trouxeram
Nem sequer uma palavra de gratidão
Porém agora, o que me resta
São apenas farrapos
Despedaçados, estraçalhados
De algo que jamais existiu:
A felicidade.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“A arte existe para que a realidade não nos destrua.”
                                       Nietzsche

domingo, 3 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“A arte é uma mentira que nos faz perceber a verdade.”
                                                                    Pablo Picasso

Você!

A droga mais forte;
O pecado mais valoroso de prestar contas;
O mais belo olhar;
O beijo mais sincero;
O verdadeiro sentido de sorrir!


Amorosamente, 
Sara Pautz.

  

sábado, 2 de outubro de 2010

Pensamentos momentâneos...

“De todo escrito só me agrada aquilo que uma pessoa escreveu com seu sangue. Escreve com sangue e verás que sangue é espírito.”
                                                                                                          ( Friedrich Nietzsche)

Resta-me apenas...



Em meio a um turbilhão de pensamentos
A confusão toma todo meu ser
Em detrimento disso palavras transcendem
E sinto que estou prestes a explodir
Porém, pairam questionamentos no ar:
O que estou sentindo? Em que penso?
Sentimento de que algo irá mudar
Sentimento de não saber como mudará
E resta-me apenas o motivo de frustrações
Dúvidas, minhas dúvidas.

Minha cabeça dói
Fecha-se o meu coração
E agora somente palavras,
Códigos meramente ilustrativos
De uma verdade muito mais intensa e absoluta
A cada passo dado, tudo torna-se passado.
O amanhã não existe
Não existe o futuro
Resta-me apenas o presente
Saber que tudo depende dele
Traz-me angústias
Por isso choro e lamento

Devo agir? Devo me manifestar?
Todavia, tudo isso se passa no plano imaterial
E no plano real resta-me apenas pensamentos
Vagos e insolúveis
Pois, afinal, são apenas pensamentos.